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Franchising - Escolher e aplicar um modelo de negócio

Publicado a 16-03-2020

Optar pelo franchising enquanto modelo de negócio pode facilitar o modelo de implementação de um negócio. Familiarize-se aqui com alguns dos aspetos a ter em conta.

O Franchising pode ser definido como um modelo de negócio em que o franchisador licencia os seus conhecimentos, procedimentos, propriedade intelectual, o uso do modelo de negócio, a marca, e os direitos de venda dos seus produtos a um franchisado em troca de uma contrapartida financeira.

O Franchising não é sinónimo de sociedade, já que o franchisador assume preponderância sobre o franchisado. Com milhares de sistemas de franchising a serem operados em dezenas de setores, não há falta de escolha para quem queira adquirir um franchising. Por outro lado, a existência de múltiplas escolhas, torna desafiante a escolha da atividade certa e do mercado certo para desenvolver a atividade. 

Comece por perguntar a si próprio que tipo de franchising é que pretende operar. Nesta escolha deverá ponderar: o número de horas que pretende trabalhar; o tipo de trabalho que gosta de desenvolver e se pretende trabalhar diretamente junto de clientes ou ficar mais atrás da cortina. São também fatores essenciais os capitais próprios, emprestados ou dados que possa alocar à aquisição e ao desenvolvimento do negócio e também o volume de cash flow gerado nos primeiros tempos de atividade.

Quais os tipos de negócio com mais sucesso

Como regra geral, deverão ser evitados negócios de franjas ou de massas. Uma forte componente do sucesso está na escolha de um negócio que não crie muita concorrência mas em que haja participantes, o que indica o grau de desenvolvimento do mercado e que já deu provas de retorno. O sucesso do negócio está também grandemente relacionado com o apoio que o franchisador lhe possa dar, pelo que deverá ter em atenção os seguintes aspetos:

  • A marca associada ao negócio, a sua divulgação e a forma como é percebida pelo segmento de negócio em que pretende desenvolver atividade;

  • Reputação do franchisador no mercado e entre os franchisados presentes e passados;

  • Manual de operações fornecido pelo franchisador que deverá dar indicações sobre como gerir o negócio de acordo com princípios e regras testados mas também dar flexibilidade suficiente para permitir que o franchisado se adapte a circunstâncias específicas do mercado em que atua. 

Dependendo das marcas e dos setores de atividade em que o negócio é operacionalizado deverá ainda ser levado em linha de conta colocando, se possível, em contrato:

  • A divisão entre o franchisador e o franchisado das responsabilidades relativamente à estratégia de comunicação do negócio, incluindo a realização de investimos publicitários fora de linha para a zona geográfica do franchisado;

  • Tabela e forma de pagamento dos Royalties, o nome geralmente dado às taxas pagas ao franchisador pela utilização continuada da marca e outros direitos conexos;

  • Possibilidade do franchisado poder participar na gestão da marca, levando assim à consideração de todos a experiência de cada franchisado. 

A tendência mais recente do franchising mostra, em mercados internacionais, casos bem sucedidos em negócios inovadores, como lojas de artigos em segunda mão, supermercados de proximidade (para bairros e comunidades) ou mesmo de logística para outros negócios como as transportadoras “dropship”.

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